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Plano de Gerenciamento de Riscos

Data Versão Descrição Autor
08/09/2020 1.0 Criação da primeira versão do documento Lucas Fellipe

1. Introdução

  O plano de gerenciamento de riscos fornece informações sobre papéis e responsabilidades relativas aos riscos, indica como as atividades do gerenciamento dos riscos são incluídas no orçamento e no cronograma. Além disso, descreve as categorias de risco que podem ser expressas como uma EAR (Estrutura Analítica dos Riscos).

2. Objetivo

  O plano de gerenciamento de riscos tem como objetivo descrever quais são os riscos do projeto, como eles serão monitorados e controlados ao longo das sprints, visando entender seus impactos, procurando formas de mitigar esses possíveis riscos.

  A EAR facilita a identicação dos riscos em projetos. Tem por função mostrar as principais categorias de riscos para um projeto, auxiliando como guia para análise do contexto, da documentação e para o questionamento das partes interessadas, buscando ganho de tempo na identificação dos riscos. Os riscos podem ser divididos nas seguintes categorias:

3. Estrutura Analítica dos Riscos

  • Riscos Técnicos:

    Tipo Descrição
    Requisitos Riscos pela falta de mapeamento e elicitação de requisitos.
    Tecnologias Riscos gerados pela escolha da tecnologia errada.
    Complexidade Riscos gerados pela falta de conhecimento sobre as tecnologias escolhidas.
    Qualidade Riscos consequentes da qualidade do produto final.
  • Riscos de Gerenciamento:

    Tipo Descrição
    Estimativa Riscos que afetam o tempo de realização do projeto.
    Controle Riscos que afetam o controle de atividades.
    Planejamento Riscos relacionados ao planejamento de elaboração do projeto.
    Comunicação Riscos relacionados aos meios de comunicação como, por exemplo, a falta de comunicação da equipe.
  • Riscos Organizacionais:

    Tipo Descrição
    Recursos Riscos que são consequentes da falta de material físico e/ou tecnológico.
    Priorização Riscos decorrentes pela má escolha de histórias de usuários nas Sprints.
    Dependências Riscos que podem ser gerados por dependências que afetam a evolução do projeto.
  • Riscos externos:

    Tipo Descrição
    Cliente (StakeHolder) Riscos gerados pelo cliente em relação ao produto, como mudanças repentinas no escopo devido a um pedido do cliente.
    Greve na UnB Riscos que podem ser gerados pela paralisação das atividades remotas da UnB (Universidade de Brasília).

    4. Análise Quantitativa de Riscos

    A análise quantitativa de riscos consiste na priorização e categorização dos riscos de acordo com 2 métricas:

    • Probabilidade: chances de um risco ocorrer;
    • Impacto: quanto o risco impacta no projeto;

Tabela 4.1 - Probabilidade

Probabilidade Certeza Peso
Muito baixa 0 - 20% 1
Baixa 20 - 40% 2
Média 40 - 60% 3
Alta 60 - 80% 4
Muito Alta 80 - 100% 5

Tabela 4.2 - Impacto

Impacto Descrição Peso
Muito baixo Pouco Expressivo 1
Baixo Pouco Impacto 2
Médio Impacto Médio 3
Alto Grande Impacto 4
Muito Alto Impacto impede a continuação do projeto 5

O grau de risco é definido pela multiplicação da probabilidade pelo impacto. Conforme a tabela abaixo:

Impacto/Probabilidade Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta
Muito Baixa 1 2 3 4 5
Baixa 2 4 6 8 10
Média 3 6 9 12 15
Alta 4 8 12 16 20
Muito Alta 5 10 15 20 25

Sendo que:

Risco >= 15: Elevado,

5 < Risco < 15: Médio e

Risco <= 5: Baixo.

5. Identificação dos Riscos

ID Se Por conta O impacto será Categoria EAR
1 o projeto não atender aos requisitos propostos do levantamento de requisitos falho e falta de validação constante atraso na entrega do produto final e redefinição dos requisitos Requisitos
2 a tecnologia usada apresentar problemas do seu proprietário atraso na entrega do produto final e troca de tecnologia equivalente Tecnologias
3 a equipe de desenvolvimento não se adaptar a tecnologia escolhida da falta de conhecimento ou da indisponibilidade da equipe que o produto não será entregue Complexidade
4 houverem dificuldades em realizar os testes da falta de conhecimento atraso na entrega das histórias de usuários Complexidade
5 houver mudanças arquiteturais da falha na realização do escopo mais retrabalho, como alteração nas histórias de usuários planejadas, mudanças de infra e mudanças a nível de código Complexidade
6 houver mudança de escopo da falha na realização do escopo e na elicitação dos requisitos refatoração dos requisitos e da documentação Planejamento
7 o produto final estiver em baixa qualidade da equipe de desenvolvimento refatoração de todo o produto Qualidade
8 as atividades não forem concretizadas no prazo definido da falta de integração dos integrantes da equipe atraso na baseline do projeto Estimativas/Dependências
9 houver histórias de usuário mal definidas da falha de elicitação de requisitos atraso na entrega do produto final e necessidade de refatoração das histórias Estimativa
10 houver sprint mal planejada de histórias mal planejadas atraso na entrega do produto final, dificuldade de compreensão das histórias e necessidade de refatoração Estimativa/Priorização
11 houver falta de comunicação da equipe da indisponibilidade da equipe dificuldade no gerenciamento e falta de alinhamento da equipe Comunicação
12 membros da equipe abandonarem o projeto de desmotivação e indisponibilidade sobrecarga entre os membros da equipe restantes Recursos
13 a qualidade do software não atender as expectativas do cliente má implementação e erros na parte de elicitação de requisitos descontentamento do cliente e possibilidade de cancelamento do projeto Cliente/Qualidade
14 houver perdas ou defeitos em equipamentos mal uso e roubos atraso na entrega do projeto Recursos
15 houver o cancelamento do projeto da falta de interesse do cliente interrupção e/ou cancelamento do projeto Cliente
16 houver greve na UnB de orientações de assembleias do corpo docente ou estudantil interrupção do projeto Greve na UnB
17 a equipe não conseguir automatizar o deploy e a integração contínua da falta de conhecimento ou indisponibilidade atraso na entrega do produto final em ambiente de produção Complexidade
18 houver imaturidade na gerência do projeto de negligências e abandono de integrantes da equipe diminuição da qualidade do projeto e atraso das histórias Estimativa/Dependências

6. Interpretação

ID Impacto Probabilidade Avaliação Contigência Mitigação
1 Muito Alto Muito Alta 25 Revalidar todo os requisitos com o Product Owner e com o cliente Realizar constantes reuniões com os integrantes da equipe, com o cliente e pesquisas necessárias para obtenção de conhecimento e compreensão sobre o escopo do projeto
2 Muito Alto Baixa 10 Trocar para uma nova tecnologia equivalente Escolher uma tecnologia com suporte
3 Alto Alta 16 Indicar treinamentos para a equipe de desenvolvimento sobre a tecnologia escolhida Estabelecer treinamentos constantes sobre a tecnologia escolhida
4 Muito Alto Alta 20 Indicar treinamentos para a equipe de desenvolvimento sobre testes Estabelecer treinamentos constantes sobre testes
5 Muito Alto Média 15 Realizar a mudança de Arquitetura do projeto buscando outras tecnologias capazes de solucionar os problemas gerados Buscar conhecimento com professores, alunos e pessoas fora do ambiente universitária, novas pesquisas e pensamentos críticos a respeito da arquitetura.
6 Muito Alto Baixa 10 Redefinir o mais rápido possível as mudanças de escopo Manter a comunicação constante com o cliente
7 Muito Alto Muito Alta 25 Realizar a refatoração de código, testes e validação com o cliente Realizar treinamentos de todas as tecnologias utilizadas, além de garantir a realização de testes, boas práticas de programação e validações constantes com o cliente
8 Muito Alto Muito Alta 25 Realizar a entrega das histórias na próxima Sprint como dívida técnica Planejar as atividades de forma mais coerente e dividi-las nas sprints com base nos pesos e dificuldade definida no Planning Poker
9 Alto Muito Alta 20 Realizar uma refatoração das histórias para que entrem em conformidade com os requisitos pré-definidos Realizar constantes reuniões entre os integrantes da equipe e o cliente e, além disso, realizar pesquisas necessárias para obtenção de conhecimento e compreensão sobre o escopo do projeto
10 Alto Alta 16 Realizar o replanejamento da Sprint utilizando a priorização do Backlog do Produto Montar o Backlog da Sprint utilizando a priorização
11 Muito Alto Alta 20 Promover as mudanças necessárias, desde a realização de Daily meetings mais objetivas a mudanças de ferramentas para comunicação Criando o plano de comunicação em que a equipe concorde totalmente
12 Alto Muito Alta 20 Realocar as tarefas pré-definidas entre os membros restantes Conversar com a equipe a fim de reafirmar a importância do projeto para que a equipe o priorize
13 Muito Alto Muito Alta 25 Realizar a refatoração do código e dos testes e, além disso, validações com o cliente Realizar treinamento de todas as tecnologias utilizadas, garantir a realização de testes, boas práticas de programação e validações com o cliente
14 Alto Média 12 Realocar as tarefas entre os membros da equipe que possuem equipamentos sem defeitos Incentivar a manutenção recorrente de equipamentos
15 Muito Alto Muito baixa 5 Oferecer a melhor possibilidade de produto para o cliente Manter comunicação constante com o cliente
16 Muito Alto Média 15 Aceitar o risco pois não pode-se fazer nada -
17 Alto Alta 16 Procurar ajuda de professores, alunos e pessoas fora do ambiente universitário e aumentar o tempo de estudo Realização de pesquisas constantes e consultoria com outros alunos, professores e pessoas fora do ambiente universitário
18 Alto Média 12 Conversar com os membros imaturos e mostrar que o projeto deve ser levado a sério Manter o pensamento crítico e estratégico a respeito das métricas coletadas e realizando todos os rituais das metologias definidas

Referências