Uma bateria musical funcional feita do zero com diversos elementos da Cultura Maker.
Demonstração • Integrantes • Ideia • Escolha dos materiais • Contribuindo
Esse projeto foi desenvolvido durante o ano de 2021 no SESI Vila das Mercês, na matéria de Eixo Integrador, pelos estudantes:
Eduardo Santos Barreto | Heloisa Bitencourt dos Anjos | Jessica Barbosa do Nascimento | Lívia de Souza Negrini | Mariana Costa Barbosa | Manuela Salmeron de Oliveira | Samuel Oliveira Costa |
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Orientadores: Vicente Arthur Viadana Neto, Priscilla Moore Scaldaferri, Wagner Manço da Luz
Clique na imagem abaixo para ser redirecionado ao vídeo de demonstração da bateria funcionando!Durante o ano de 2021, decidimos desenvolver um projeto com robótica, mas sempre buscamos relações e inspirações em outras áreas para desenvolver o que queremos. Dessa vez não foi diferente, resolvemos juntar isso com outras duas coisas que gostamos muito: a música e os jogos.
A maioria das pessoas da nossa geração já jogou algum jogo relacionado a música, os mais conhecidos são o Piano Tiles (aquele joguinho de celular que você tem que apertar as teclas no momento certo) e o precursor e inspirador dele: o Guitar Hero, mais conhecido e um pouco mais complexo, envolvendo até instrumentos da vida real sendo adaptados como controles desse jogo, como guitarras, microfones e nesse caso, baterias.
Foi pensando nisso que decidimos fazer a nossa própria bateria do zero.
Para começar a definir os materiais e componentes que precisaríamos, sempre tentando deixar tudo o mais simples e barato possível, desenhamos a estrutura no Fusion 360, um software de modelagem 3D que ja tínhamos experiência.
Ela começou como uma bateria inteira, com a parte inferior de sustentação e a estrutura superior que segura os tons e os pratos.
Com os desenhos prontos, a tarefa de definir os materiais ficou bem mais simples. Definimos o seguinte:
- Estrutura principal de sustentação: Canos de PVC
- Tons e pratos: MDF
- Encaixes especiais: Impressão 3D
Quando analisamos nossos prazos e orçamentos, decidimos retirar o apoio inferior com os canos de PVC, diminuindo muito o custo e o tempo pra montar a versão final, se transformando numa espécie de bateria de mesa.
Ainda faltava decidir como seria a parte eletrônica da bateria, responsável por entender onde o jogador está batendo e enviar os sinais para o computador.
Para a bateria sentir onde foi a batida, decidimos usar cápsulas piezoelétricas, que são placas de quartzo que podem funcionar como uma espécie de sensor de vibração. Quando batemos num prato, por exemplo, o prato vibra e essa vibração chega no sensor, que gera um sinal elétrico.
Para gerenciar esses sinais, escolhemos um microcontrolador chamado Arduino Pro Mini, por ele ser bem compacto e ter uma semelhança intressante com o Arduino Leonardo, que é outra versão dessa família de microcontroladores: Eles conseguem simular o pressionamento de uma tecla, como se fosse um teclado conectado ao computador, assim conseguimos jogar qualquer jogo que dependa disso, desde o jogo da cobrinha, o dinossauro do Google e até o Guitar Hero, que é o nosso objetivo.
Com os materiais definidos e os desenhos prontos, começamos finalmente a colocar a mão na massa: Fomos cortar as chapas de MDF para os tons e os pratos e imprimir as peças na impressora 3D.
Para isso, visitamos o FabLab do SESI Ipiranga, que é um laboratório criado para desenvolver a Cultura Maker, com impressoras 3D, máquina de corte a laser e tudo que é relacionado ao conceito de fabricaçao digital.
Todas as partes de madeira foram cortadas na máquina de corte a laser de lá, é um processo muito legal e rápido, ideal pra esse tipo de projeto com um protótipo.
Infelizmente a impressora 3D de lá estava em manutenção.
Com todas as partes prontas, começamos a juntar tudo para montar a bateria. Essa parte foi mais simples, já que tínhamos os desenhos com todas as medidas corretas.
Compramos os canos de PVC, mas precisávamos de uma serrinha para cortar e só tínhamos uma cegueta, daí improvisamos o "Dentinho": uma espécie de suporte com um resto de cano de PVC que sobrou, um pedaço de MDF de uma placa que acabamos cortando errado no FabLab, o cabo de um pirulito e um pouco superbonder. Foi uma gambiarra mas serviu muito bem pra gente.
Depois começou uma parte um pouco mais complexa: encaixar tudo com as partes que imprimimos na 3D. Um problema de refrigeração fez essas partes impressas ficarem com algumas imperfeições, então tivemos que adaptar cortando e desbastando com um estilete e o dentinho.
Pintamos os tons e pratos de MDF para encaixar na estrutura e a bateria estava quase pronta, só faltava a parte eletrônica.
Essa parte não é tão complicada, tivemos alguns tropeços pra fazer funcionar mas deu certo. O circuito final é simplesmente o sensor piezo conectado num resistor interno do arduino e isso tudo ligado no computador via USB pra simular o teclado. A programação segue passos bem simples também, só identifica e filtra os sinais do sensor e envia o aperto de uma tecla para o computador.
Mais detalhes podem ser encontrados nos nossos testes.
A pasta src contém programações para diferentes jogos, basta carregar e jogar.
Se quiser contribuir com este projeto basta seguir essas etapas:
- Faça um Fork desse repositório
- Crie um branch:
git checkout -b <nome_branch>
. - Faça suas alterações, adicione e confirme:
git add .
egit commit -m "<mensagem_commit>"
(em português, por favor) - Envie para a branch original:
git push origin master
- Crie o pull request.
Você também pode ver na documentação do GitHub como criar um pull request.
Stars são sempre bem vindas :)